quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Editorial


Editorial: A “voz” do jornal. É  uma peça retórica do veículo de comunicação que nunca é assinado. É a opinião do veículo de comunicação.
Uma das características de um  bom editorial é quando ele aborda um tema recente.
-plasticidade: construção provisória / nada é conclusivo

Classificação:
1.                      Morfologia: comentário opinativo
2.                       Topicalidade: preventivo; se antecipa diante de um acontecimento
3.                       Estilo:
Intelectual: apela para a razão do leitor
Emocional: apela para os sentimentos
4.                       Natureza: promocional; circunstancial; polêmico

Estrutura- Editorail- Rígido- Simples
Título: atrair a atenção do leitor
Introdução: aparece no lugar do lead no editorial
Discussão: expõe os argumentos
Conclusão: leva o leitor a concordar com o texto

Exemplo:
Carta ao Leitor
O brasileiro esquecido
A foto acima, de um estúdio da Band em São Paulo, mostra o primeiro debate televisionado entre os três principais candidatos à Presidência da república, José Serra, Marina Silva e Dilma Rousseff, realizado em 5 de agosto. Na quinta-feira passada, dia 30, os presidenciáveis digladiaram-se, na Rede Globo, pela última vez antes da votação em primeiro turno. Entre o primeiro e o último encontro, eles debateram outras quatro vezes-e seus programas eleitorais ocuparam a televisão em dois blocos diários todas as terças, quintas e sábados. Conseguiram uma proeza. A de circunavegar as maiores e mais decisivas questões nacionais. Os candidatos ocuparam o tempo deles e o nosso tentando demonstrar como atenderiam às demandas  de grupos de pressão específicos da sociedade, sem mergulhar a fundo no que realmente interessa a todos os brasileiros: a eliminação das distorções estruturais que limitam o desenvolvimento do país.
Uma reportagem desta edição de Veja reaviva esses grandes temas que, por impopulares, complexos ou mesmo por falta de convicção dos contendores, foram contornados na campanha eleitoral. O brasileiro esquecido, aquele que faz parte da maioria silenciosa e disciplinada formada por cidadãos que trabalham, produzem e pagam impostos, tem o direito de saber como se dará cabo do inchaço de uma máquina estatal que exige a cada ano parcelas maiores da riqueza nacional, sem a contrapartida da melhoria dos serviços. Nenhum candidato explicou também como pretende gerir a União com mais eficiência e menos corrupção- ou como vai agir para tirar dos ombros das classes produtivas a mais pesada carga tributária entre todos os países emergentes.
O brasileiro esquecido não pode ser lembrado pelo estado apenas nas horas  do voto e de extrair dele os tributos. Atender à agenda do brasileiro esquecido torna dispensáveis os engenheiros sociais estatizantes, os planejadores de bondades em troca de votos e os místicos salvadores da pátria.  Exige apenas um governo que acresça a seus papeis constitucionais de prover educação, segurança e saúde o de regulador sábio, severo, justo e honesto. Que o brasileiro esquecido na campanha seja lembrado quando o vencedor estiver no Palácio do Planalto.


Fonte: revista Veja / edição 2 185 de 6 de outubro de 2010

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