quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Entrevista

Entrevista é o texto baseado fundamentalmente nas declarações de um indivíduo a um repórter;
quando a edição do texto explicita as perguntas e as respostas, seqüenciadas, chama-se de ping-pong, podendo ser televisionada ou impressa.

Exemplo:





Entrevista FÁBIO KONDER COMPARATO:
"Se há uma constante na história do Brasil, é o regime oligárquico"


Participaram: Cecília Luedemann, Hamilton Octavio de Souza e Tatiana Merlino.

Professor da Faculdade de Direito da USP, o jurista Fábio Konder Comparato é conhecido por sua longa e firme militância na luta pelos direitos humanos e democráticos no Brasil. Tem contribuído com inúmeras entidades e movimentos sociais na formulação de  propostas para a transformação do povo brasileiro no sujeito de sua própria soberania. Nesta entrevista exclusiva para Caros Amigos, ele analisa a questão
do poder no Brasil, as várias formas dissimuladas de se adiar a democracia, os instrumentos para aperfeiçoar a participação popular nos destinos do país e outros aspectos da maior relevância para a compreensão da nossa realidade. Os argumentos lúcidos e pedagógicos do professor Fábio Konder Comparato são imperdíveis.

Tatiana Merlino - O senhor nasceu em Santos?
Fábio Konder Comparato - Não me perguntem se eu sou santista... (risos)

Hamilton Octavio de Souza – É santista?
Eu não torço mais para nenhum clube. Futebol é o ópio do povo (risos).

Tatiana Merlino – Mas, o senhor nasceu em Santos, em que ano?
Em 1936, de modo que daqui alguns dias eu farei, com a graça de Deus, 74 anos. Fiquei quatro anos morando no Guarujá, meu pai tinha um hotel lá. Depois, eu vim para São Paulo com a família. Tive uma formação de escola primária excelente. Até hoje tenho uma grande saudade das minhas professoras primárias, que eram professoras daquele tempo antigo, formadas no Elvira Brandão, muito sérias. Depois, eu cursei o Colégio São Luís; de modo que eu fui formado e deformado por jesuítas. Entrei na Faculdade de Direito em 1955, e terminei o curso em 1959. Depois, até 1963 eu fiquei na França, fazendo meu doutorado em Direito. Voltei para o Brasil e fui trabalhar em Brasília, com Evandro Lins e Silva, que era Ministro do Supremo Tribunal Federal. Lá trabalhei como secretário jurídico dele. Saí de Brasília com uma hepatite atroz, provocada pelo golpe de Estado de 1964. Em seguida advoguei, tornei-me livre-docente da Faculdade de Direito da USP e depois professor titular. Comecei lecionando Direito Comercial, mas depois me converti e passei a lecionar Direitos Humanos.

Reportagem

A reportagem é um gênero de texto jornalístico que transmite uma informação por meio da televisão, rádio ou revista.Tem como objetivo levar os fatos ao leitor ou telespectador de maneira abrangente.


Exemplo :


Mostra  Pati
Conta-se que os primeiros habitantes do Vale do Pati vieram da região de Macaúbas e do Vale do Capão. Era o ano de 1899 e uma grande fome se alastrou por toda a região, obrigando os sertanejos a procuraram terras onde alimentos não fossem tão escassos. Vagaram pelos ermos da Chapada até desembocarem em um vale onde havia fartura de caça e vegetais comestíveis. Valendo-se da abundância de pacas, tatus, macacos, mel e palmito, que havia pelo oásis encravado entre montanhas, os retirantes se fixaram. Na certeza de terem encontrado um local que os salvavam da fome, os matutos plantaram mandioca e desenvolveram a criação de animais. Passaram-se 30 anos e, com a crise de 1929, que alimentou a fome pelos rincões mais pobres do planeta, novos habitantes vieram para o Vale do Pati, então já com fama de ser local onde alimentos não faltavam. As habitações humanas multiplicaram-se e, de acordo com política oficial da agricultura monocultora, o verde dos cafezais substituiu a milenar floresta. A região tornou-se importante economicamente e recebeu um posto avançado da prefeitura de Andaraí. A “prefeitura”, como ficou conhecida o entreposto, era a representação do poder público no Vale, além de servir de armazém de gêneros, posto dos correios e centro de reuniões. A febre do café acabou na segunda metade da década de 50 do século passado. Com a mudança da política do governo para aquele produto, todos os cafezais foram derrubados e a floresta pouco a pouco foi ressurgindo. Atualmente as poucas famílias que ainda moram no Vale sobrevivem da agricultura familiar e do turismo ecológico.
Foi com este pequeno triller da aventura humana que, ainda na localidade de Guiné, na manhã fria de 15 de outubro, colocamos mochilas às costas e começamos a caminhada em direção ao Vale do Pati. De início encaramos a Subida do Beco. Uma trilha íngreme, calçada por escravos pertencentes ao coronel Antônio Bernardo Vieira que, dizem, costumava manter a chave de um cadeado que trancava a passagem preso à cintura. Os viajantes que precisavam usar a Subida do Beco tinham que vir pedir a benção do coronel para destravar a porteira. Voltando à trilha, à nossa direita, o paredão da montanha que tentávamos vencer, à esquerda o precipício, sempre nos lembrando que aquele lugar não perdoava passos falsos nem cambaleios. Os pouco afeitos às caminhadas em lugares altos logo sentiram os efeitos da escassez de oxigênio: tonturas e um leve enjôo. Depois de quase uma hora de subida, vencemos a montanha. Pausa para tomada de fôlego e água. A partir daquele ponto seria uma longa descida até o Vale. De fato, depois de mais de uma hora, chegamos ao Mirante do Vale do Pati, onde podíamos avistar um bom pedaço da Chapada Diamantina. Abaixo, todo o Vale. A descida do paredão foi a primeira grande prova às nossas aspirações de trilheiros. Movimentos cuidadosamente estudados. Degraus de pedras, esculpidos pelas águas das enxurradas e raízes que sobressaíam dos barrancos, deram o suporte necessário para que não escorregássemos e descêssemos paredão abaixo, sem freio. Por fim alcançamos o sopé da rampa. Olhamos para cima, com um misto de incredulidade e espanto ao vermos a magnitude do paredão por onde havíamos descido. Abrigados pelas copas das árvores que verdejam pelo vale, fizemos mais meia hora de caminhada e chegamos à primeira parada.


Texto: Alberto Marlon
Foto: Bárbara Jardim

fonte:kinemadinovo.wordpress.com

Nota

Nota: texto curto sobre algum fato que seja de relevância noticiosa.



Exemplo:




Mostra exibe clássicos contemporâneos
por Flávia Mota

Desde o mês de setembro, alunos do curso de Cinema e Audiovisual da Uesb, campus de Vitória da Conquista, participam da “Mostra Cinema Mundial dos Clássicos Contemporâneos”. Todas as sextas-feiras, das 9 às 12 horas, os discentes assistem a exibições de grandes títulos da cinematografia mundial.

O projeto, que é uma extensão das atividades curriculares da graduação, é desenvolvido pelo curso em parceria com o Janela Indiscreta Cine Vídeo Uesb e as atividades vão até o dia 16 de dezembro. A proposta para o próximo ano é realizar uma Mostra com exibições de clássicos da cinematografia brasileira.

Para mais informações, entre em contato através do telefone (77) 3425-9330.


Assessoria de Comunicação

Notícia


Notícia é a expressão de um fato novo, que desperta o interesse do público a que o jornal se destina. Caracteriza-se por uma linguagem clara, impessoal, concisa e adequada ao veículo que a transmite. Deve ter o predomínio da função referencial da linguagem. Há predominância da narração.  Por ser  impessoal, o discurso  é de terceira pessoa. Em  sua estrutura padrão,  possui duas característica fundamentais: “ Lead” e corpo.

  Professora e crítica literária - Maria da Conceição R. Hora

Exemplo:

Bispo divulga carta de apoio a Dilma
Nosso país está em pleno desenvolvimento e assim queremos continuar e, depois de 500 anos, nosso povo quer eleger, pela primeira vez, uma mulher que tem compromisso com a vida e provou isso com sua própria vida. Como? Ela não fugiu para o exterior durante a ditadura, mas a enfrentou com garra e, por isso, foi presa e torturada. Ela queria um país livre, e que todas as pessoas pudessem viver sem medo de serem felizes, vencendo a mentira e o ódio com a verdade e o amor, servindo aos ideais de liberdade e justiça, com sua própria vida. Disse Jesus: “Ninguém tem maior amor do aquele que dá a própria vida pelos irmãos”. A carta é do bispo de Caçador, Dom Luiz Carlos Eccel.
O bispo Dom Luiz Carlos Eccel, de Caçador, Santa Catarina, divulgou ontem (29), uma carta de apoio à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Segue a íntegra da carta que elogia a recente fala do Papa Bento XVI aos bispos brasileiros e diz que ela aponta para a defesa da vida:

Já havia lido o discurso do Papa Bento XVI, aos Bispos do Maranhão, em visita ad limina apostolorum.

Muito interessante o discurso do Papa. Ele não pode deixar de cumprir sua missão de Pastor Universal, exortando o Povo de Deus, especialmente no que diz respeito à defesa da VIDA.

O Santo Padre foi muito oportuno e feliz nas suas colocações, porque o Estado Brasileiro é laico, mas seu povo é religioso, e isto precisa ser respeitado.

Quando digo que o povo é religioso é porque está disposto a fazer a Vontade de Deus e não somente dizer: Senhor, Senhor…, como às vezes se pretende, de maneira especial dentro da própria Igreja. Existem facções sociais, políticas e religiosas especializadas em fazer lavagem cerebral, deixando as pessoas sem convicções, mas com obsessões, e com a consciência invencivelmente errônea. Ficam semelhantes aos grãos de pipoca que levados ao fogo não estouram, e com mais fogo, mais duros ficam. Tornam-se donas da “verdade”.

Estão até manipulando o texto do Papa, para justificar a sede do poder. (cf.
http://www.releituras.com/rubemalves_pipoca.asp) É a Vontade de Deus que nos salva e não a nossa, e sobre isto precisamos sempre nos exortar mutuamente, como diz o Apóstolo São Paulo. Portanto, que nossa fé seja sempre vivificada pela mútua exortação. Pode ocorrer de nos esquecermos que somos todos peregrinos caminhando para a Casa do Pai, e quando lá chegarmos, poderemos ouvir de Jesus o seguinte: “Afastai-vos de mim, vós que praticastes a injustiça, a maldade” (Lc13,27). Creio que ninguém vai querer ouvir isto naquela hora. Seu passaporte está em dia? Pode ter certeza de que a eternidade existe…

Assim, busquemos alimentar nossa fé, sem esquecer, como diz o Papa, que ela deve implicar na política. A fé sem obras é morta, diz a Escritura Sagrada. E uma das obras que deve provir da fé, é o nosso voto consciente em pessoas que vão governar para o bem comum, respeitando a vida em todas as suas etapas e dimensões.

No mesmo dia em que li o discurso do Papa, assistindo ao telejornal, à noite, escutei o pronunciamento da candidata e do candidato à presidência do Brasil a respeito do discurso do Papa. Ambos concordaram com as Palavras do Papa, dizendo que é missão dele exortar para uma vida coerente com os valores da fé e da moral, e que as palavras do Papa valem para todas as pessoas de fé, no mundo inteiro.

O Papa falou, também, que o voto deve estar a serviço da construção de uma sociedade justa e fraterna, defensora vida.

Como Bispo da Igreja Católica, e como cidadão brasileiro, fico feliz por saber que nosso Presidente tem defendido a vida, e sempre se pronunciou contra o aborto. Nesses últimos anos o Brasil tem crescido e melhorado em todos os aspectos, de maneira especial no respeito à vida e a valorização da dignidade humana. Esta é a Vontade de Deus! E as pessoas, em plena posse de suas faculdades mentais, vão reconhecer esta verdade.

Nosso país está em pleno desenvolvimento e assim queremos continuar e, depois de 500 anos, nosso povo quer eleger, pela primeira vez, uma mulher que tem compromisso com a vida e provou isso com sua própria vida. Como? Ela não fugiu para o exterior durante a ditadura, mas a enfrentou com garra e, por isso, foi presa e torturada.

Ela queria um país livre, e que todas as pessoas pudessem viver sem medo de serem felizes, vencendo a mentira e o ódio com a verdade e o amor, servindo aos ideais de liberdade e justiça, com sua própria vida. Disse Jesus: “Ninguém tem maior amor do aquele que dá a própria vida pelos irmãos” (Jo 15,13). Obrigado Santo Padre por suas sábias palavras! A Dilma é a resposta para as nossas inquietações a respeito da vida.

Quem sofreu nos porões da ditadura, não mata. Mas teve gente que matou a vida no seu ventre para fugir da ditadura, e portanto não deveria se comportar como os fariseus, que jogam pedras, sabendo-se pecadores. E Jesus disse: “Quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la, e quem entregar sua vida por causa de mim, vai salvá-la”(Mt 10,39)

Vamos fazer o nosso Brasil avançar ainda mais, com Dilma, que já provou ser coerente, competente e comprometida com a VIDA. O dragão devastador não pode voltar ao poder.

Deus abençoe os leitores e eleitores, governos e governados. Saúde e paz a todos (as)!

Tudo o que você me desejar, eu lhe desejo cem vezes mais. Obrigado.

Caçador, 28 de outubro de 2010

Dom Luiz Carlos Eccel

Bispo Diocesano de Caçador – Santa Catarina


Definição de Gêneros Jornalísticos

Os gêneros jornalísticos são determinados pelo
modo de produção dos meios de comunicação de
massa e por manifestações culturais de cada sociedade
onde as empresas jornalísticas estão inseridas.
Precisam, portanto, ser estudados como um fenômeno
histórico. Realizar uma classificação universal
dos mesmos é praticamente uma tarefa impossível,
visto que estão sempre em transformação.
O que pode ser um gênero hoje amanhã não o será
mais ou o que pode ser um gênero em um determinado
país não o é em uma outra sociedade. Gêneros
aparecem, crescem, mudam e desaparecem conforme
o desenvolvimento tecnológico e cultural
de cada nação e de cada empresa jornalística

Jorge Lellis Bomfim Medina

Objetivo


Este blog ,fruto de um trabalho acadêmico da disciplina Gêneros do Jornalismo, orientada pelo prof. dr. Marcus Lima, tem como objetivo  caracterizar os diversos gêneros da comunicação  massiva periodística com base em  um amplo referencial  teórico, bem como exemplificá-los  para melhor compreensão do tema .